Origem / Historial:
Integrou o conjunto de peças depositadas no Palácio Nacional de Queluz, Pavilhão D. Maria, pelo Museu Nacional de Arte Antiga, por ocasião da visita a Portugal da Rainha Isabel II da Grã-Bretanha, 18 a 21 de fevereiro de 1957.
Cópia do ofício de António Ventura Porfírio, diretor do Palácio de Queluz, dirigido à diretora do Museu Nacional de Arte Antiga, Maria José Mendonça, datado de 5 de fevereiro de 1969, refere "...a relação de peças que vieram desse museu, quando da visita de Sua Magestade a Rainha da Inglaterra, afim de se efectivar a regulamentar cedência conforme foi superior acordado em devido tempo."
A relação de peças, datada de 25 de janeiro de 1969, que acompanha o oficio, foi verificado a 10 de abril de 1973 pelo Museu Nacional de Arte Antiga.
Este móvel de influência francesa do estilo Luís XV, terá sido executado em Portugal na última década do século XVIII, a avaliar por um documento do marceneiro Antonio Fernandez que declara ter vendido, em Agosto de 1790, para o serviço de Sua Magestade, "Dois Tocadores franceses de flores com feguras em cima e cantos de latão guarnecido por dentro com almofadas de cetim para os alfinetes e todos os mais aparelhos por preço cada hum 43200" (Ahmf, Cx. 44, doc. 18, Agosto 1790). Apesar de não se tratar deste móvel, as semelhanças são inegáveis e o próprio marceneiro o considera de origem francesa. Curiosamente na mesma conta aparece o fornecimento de um tremó à grega "da última moda", o que ajuda a comprovar que o gosto neoclássico não destronou de imediato o gosto "rocaille".