Origem / Historial:
Integrou o conjunto de peças depositadas no Palácio Nacional de Queluz, Pavilhão D. Maria, pelo Museu Nacional de Arte Antiga, por ocasião da visita a Portugal da Rainha Isabel II da Grã-Bretanha, 18 a 21 de fevereiro de 1957.
Cópia do ofício de António Ventura Porfírio, diretor do Palácio de Queluz, dirigido à diretora do Museu Nacional de Arte Antiga, Maria José Mendonça, datado de 5 de fevereiro de 1969, refere "...a relação de peças que vieram desse museu, quando da visita de Sua Magestade a Rainha da Inglaterra, afim de se efectivar a regulamentar cedência conforme foi superior acordado em devido tempo."
A relação de peças, datada de 25 de janeiro de 1969, que acompanha o oficio, foi verificado a 10 de abril de 1973 pelo Museu Nacional de Arte Antiga.
Este modelo é de origem inglesa, criado para servir o chá na sala. O seu tampo basculante permitia que fosse facilmente guardado após utilizição. Em Inglaterra o hábito de beber e oferecer chá aos convidados enraízou-se no século XVIII. A este facto não terá sido alheia a presença da raínha Catarina de Bragança, casada com Carlos II. As primeiras mesas para esta função foram importadas da China, mas logo a partir de meados do séc. XVIII se começaram a fabricar modelos ingleses deste tipo e o próprio Thomas Chippendale em 1754 na 1ª edição do seu "Director" apresenta alguns. No que respeita a esta mesa, é possível reproduzir o recibo do pagamento a Agostinho Alexandre Cavroé, pela sua execução: "Recebi do Sr. J. A. Pinto da Silva a quantia de 6.600 rs importancia de huma meza de xá de hum pe só de pau santo que lhe vendi para o Real Thesouro. Lisboa, 15 de Fevereiro de 1793" (AHMF, cx. 52, nº10, Fevereiro 1793).