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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Palácio Nacional de Queluz N.º de Inventário: MNAA 1804 Autor: Leprince, Jean Baptiste (1734-1781) Datação: 1758 d.C. - 1763 d.C. Dimensões (cm): altura: 170; largura: 79,8; Descrição: Pintura de grupo de oito pessoas descansando sob a sombra de árvores num toldo vermelho improvisado.
Em primeiro plano, ao centro, duas figuras femininas. A figura principal, no lado esquerdo do observador, encontra-se sentada numa grande almofada vermelha, dirigindo o olhar para a direita na direcção da mulher que está a servi-la. Parece receber uma chávena na mão direita, segurando na outra mão uma espécie de leque de penas (abanico). No seu lado direito, encostando-se à perna da figura principal, observa-se uma criança com o braço direito levantado, aparentando estar a receber uma chávena que se encontra sobre a bandeja, dirigindo o olhar nessas direcção. Entre estas figuras, encontra-se uma espécie de manta verde e encarnada que cobre a relva entre as respectivas almofadas. À esquerda da figura principal, observa-se uma figura masculina, sentada na mesma almofada. Parece estar vestido à moda oriental e fuma um cachimbo do mesmo tipo, comprido, que segura na mão esquerda, dirigindo o olhar para a figura principal. A figura feminina, do lado direito, está sentada numa grande almofada verde e dourada, segurando na mão esquerda uma chávena e na mão contrária um pau onde se encontra uma ave exótica.
Por trás destas, observam-se duas figuras femininas. A primeira, do lado direito, está semicurvada e segura uma bandeja nas mãos sobre a qual se encontra uma chávena. A segunda, à direita da primeira, toca um instrumento de cordas.
Em segundo plano, na parte inferior, observam-se duas crianças. Uma esta em pé, com o braço direito levantado e segura na mão esquerda o que pensamos ser uma espécie de bule. À sua frente, semiajoelhado, observa-se outra criança que segura um pote nas mãos, parecendo preparar-se para levantar o pote e colocá-lo sobre uma fogueira.
Envolvendo a cena descrita, existe uma parafrenália de vegetação, delimitando-a, em oposição ao fundo verde claro: na parte superior, vegetação exuberante e árvores (palmeiras); na parte inferior, flores.
Moldura de talha dourada.
Incorporação: Outro - Depósito do Museu Nacional de Arte Antiga, fevereiro de 1957.
Origem / Historial: Integrou o conjunto de peças depositadas no Palácio Nacional de Queluz, Pavilhão D. Maria, pelo Museu Nacional de Arte Antiga, por ocasião da visita a Portugal da Rainha Isabel II da Grã-Bretanha, 18 a 21 de fevereiro de 1957.
Cópia do ofício de António Ventura Porfírio, diretor do Palácio de Queluz, dirigido à diretora do Museu Nacional de Arte Antiga, Maria José Mendonça, datado de 5 de fevereiro de 1969, refere "...a relação de peças que vieram desse museu, quando da visita de Sua Magestade a Rainha da Inglaterra, afim de se efectivar a regulamentar cedência conforme foi superior acordado em devido tempo."
A relação de peças, datada de 25 de janeiro de 1969, que acompanha o oficio, foi verificado a 10 de abril de 1973 pelo Museu Nacional de Arte Antiga.
Em 1957, foi colocada na Sala de Jantar da Rainha, atual Sala do Café.
Bibliografia | CAT. - La France et la Russie au siécle des Lumiéres. Paris: 1986, pág. 180-189 | CAT. - O Orientalismo em Portugal (Séculos XVI-XX), Ciclo de Exposições "Memórias do Oriente". Porto: CNCDP, 1999, pág. 118 | |
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