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FICHA DE INVENTÁRIO
Denominação: Alexandre a Cavalo/conjunto Autores: Le Brun, Charles (1619-1690)
Desconhecido Centro de Fabrico: Aubusson Datação: XVII d.C. - XVIII d.C. Técnica: Tecelagem de alto liço Dimensões (cm): altura: 290; largura: 178; Descrição: O pano representa Alexandre a cavalo, tendo em uma das mãos a espada. No cimo, vê-se uma figura alada, a Fama, e sob as patas do cavalo - Bucefalo, arrogante e de patas dianteiras levantadas -, um troféu de guerra, formado por uma coroa, uma bandeira e um turbante, circundado de louros. À esquerda, as tendas de um acampamento.
Cercadura estreita, ornamentada com armas, peças de armadura, timbales, trombetas e bandeiras, atadas com laços de fitas, e entremeados com flores e mascarões.
Tons predominantes em vermelho e azul. Incorporação: Transferência - antigo Paço Episcopal de Lamego
Origem / Historial: Esta tapeçaria faz parte de uma série de sete panos que ilustram as "Vitórias de Alexandre", que pertenceu ao Paço Episcopal, actual Museu de Lamego. No inventário dos objectos e respectivos valores, pertencentes ao Museu Regional de Lamego, enviado para a Direcção Geral da Fazenda Publica em 12 de Março de 1934, consta o seguinte relativamente a este pano: "12 Uma tapeçaria francesa do séc. XVII com Alexandre dominando Bucéfalo, medindo 1,78 de largura e 2,90 de altura 20.000$00." A respeito desta série, Joaquim de Vasconcelos escreve: "A serie das Victorias de Alexandre o Magno esta dispersa nas salas I e III e reproduz cenas bem conhecidas no estilo dos Gobelins franceses da epoca de Luis XIV (segunda metade do séc. XVII) para as quais desenhou muito e muito notavelmente o celebre Lebrun, pintor oficial da corte de Versalles." Vergílio Correia considera a armação dos principios do séc. XVIII. Para Alfredo Guimarães e Albano Sardoeira os panos foram executados no princípio do séc. XVIII, na oficina de Savonnerie. Referindo-se a estes panos João Amaral escreve: "serie de tapeçarias francesas do sec. XVII, possivelmente da manufacura de Aubusson, representando episodios da "Historia de Alexandre". São sete magníficos panos, um pouco deteriorados pela brutalidade que contra eles se exerceu durante os tempos de incúria e vandalismo. A inspiração nos cartões das "Façanhas de Alexandre" de Lebrun (Museu do Louvre), é evidente."
Conforme despacho ministerial datado de 20 de Julho de 1956, deu entrada na oficina de restauro anexa ao Museu Nacional de Arte Antiga, tendo regressado ao Museu de Lamego, sem, contudo, ter sido beneficiada.
Bibliografia | AMARAL, João - Roteiro Ilustrado da Cidade de Lamego. Lamego: 1961, pág. 65 | CORREIA, Vergilio - Monumentos e Esculturas. Lisboa: 1924, pág. 198-200 | COSTA, Manuel Gonçalves - História do Bispado e Cidade de Lamego. Renascimento - I, vol. 3. Lamego: 1982, pág. 347-348 | Guia de Portugal. Trás-os-Montes e Alto Douro. II- Lamego, Bragança e Miranda, vol. 5. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988, pág. 673 | GUIMARÃES, Alfredo; SARDOEIRA, Albano - Mobiliário Artístico Português (Elementos para a sua História) - I- Lamego. Porto: Marques de Abreu, 1924, pág. 50-51 | Lamego e o seu Património Artístico, "in" "Diario de Coimbra". Coimbra: 16.Novembro de 1959, pág. - | MENDONÇA, Maria José - Inventário de Tapeçarias Existentes em Museus e Palácios Nacionais. Lisboa: IPPC, 1983, pág. 110-113 | MENDONÇA, Maria José - Relação dos panos de Rás existentes nas colecções do Estado. Lisboa: Academia Nacional de Belas Art, 1940, pág. 38 | RODRIGUES, José Júlio - O Paço Episcopal de Lamego. Porto: 1908, pág. 16-18 | VASCONCELOS, Joaquim - A Arte Religiosa em Portugal. Lisboa: Vega, 1994, pág. 285-289 | |
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