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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu de Lamego
N.º de Inventário:
120
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Calvário
Autor:
Guedes, Gonçalo (ac. Lamego 1589 -1594)
Centro de Fabrico:
Lamego
Datação:
1589 d.C. - 1594 d.C.
Matéria:
Óleo
Suporte:
Madeira de castanho
Dimensões (cm):
altura: 248,5; largura: 134,5;
Descrição:
Pintura retabular representando o Calvário. Nela figuram, dominando todo o espaço central, Cristo crucificado, moribundo, de rosto caído, desnudado, envergando apenas o perizoneum a cingir-lhe a cintura. Ao seu lado esquerdo figura Maria, toucada por um véu azul e envergando um gampo que lhe oculta o pescoço. Numa atitude protetora, coloca a mão sobre o ombro de um sacerdote em oração, calvo, representado ao nível do busto, que, segundo o antigo diretor do Museu, João Amaral (Amaral, 1961), corresponderá ao retrato do bispo fundador do Mosteiro das Chagas, em Lamego, D. António Telles de Menezes (1579-1598). No lado oposto figuram, numa representação a meio corpo, São João Evangelista, imberbe e com longos cabelos e olhar voltado para o rosto de Cristo, e, mais abaixo, enxugando as lágrimas com um lenço, Maria Madalena, debruçada ao pé da cruz. Fundo escuro com nuvens. "A data incerta, mas com muita probabilidade no séc. XVIII, a avaliar pelas caraterísticas dos repintes e pela moldura, este grandioso painel foi quase integralmente refeito. Na parte superior, verifica-se um corte e acrescento do suporte, que afetou pictoralmente parte da cruz e dos braços de Cristo, enquanto que, na parte inferior, a figuração de Madalena e do doador ficaram reduzidos ao nível do busto. Os repintes muito grosseiros, sobretudo os das carnações, como é visível no perfil de Madalena, ocultam processos originais e dão ao painel uma aparência mais tardia" (Rodrigues, 1998). A pintura apresenta uma moldura de inspiração Sansovino, com enrolamentos vegetalistas e rematada superiormente por putti e querubins a enquadrar o "Sagrado Coração".
Incorporação:
Transferência - (mosteiros extintos) Mosteiro das Chagas de Lamego
Origem / Historial:
A pintura fazia parte de um retábulo que se achava no coro alto da igreja das Chagas em Lamego, tendo sido João Amaral que, a instâncias suas, o fez trasladar para o Museu "salvando-se assim da tristíssima derrocada que se deu no referido coro". (Amaral, 1961) Segundo, ainda, o antigo Conservador do Museu de Lamego (João Amaral, 1961), o retrato do Bispo doador é o original que serviu de modelo para várias cópias, entre elas a que está na sacristia da igreja das Chagas, que tem a seguinte legenda: "Este retrato foi copiado do antigo pelo Pe. Francisco José dos Mártires no mês de Dezembro de 1819". Relativamente a Gonçalo Guedes, Vítor Serrão revela-nos o seguinte. "Destacada figura da pintura lamecense do ciclo maneirista é já o citado Gonçalo Guedes (nascido em Mondim, em 1559, e com atividade conhecida até, pelo menos 1600), que nos deixou duas interessantes efígies do bispo D. António Teles de Meneses, o seu protector. Trata-se de um pequeno retrato do epíscope, tanto em busto sobre tela de qualidade excelente (Santa Casa da Misericórdia de Lamego), como num painel do Calvário com doador orante, com o bispo representado de joelhos. Ambos os quadros são muito personalizados de desenho e sentido compositivo. O último segue uma estampa de Zacharias Dolendo e assume no torso de Cristo uma elegante pose deliberadamente inspirada em Luís de Morales, "el Divino", célebre pintor maneirista de Badajoz." (Serrão, 2000).
 
     
     
   
     
     
     
 
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