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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
N.º de Inventário:
CMAG 1
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Cerâmica
Denominação:
Taça
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
China, província do Hebei
Centro de Fabrico:
Cizhou
Oficina / Fabricante:
Fornos de Guantai
Datação:
XII d.C. - Dinastia Song do Norte (960 - 1126)
Matéria:
grés porcelânico creme rosado, engobe branco e vidrado
Técnica:
Executada ao torno
Dimensões (cm):
altura: 17,5; diâmetro: 15 (boca); 8 (base);
Descrição:
Taça funda executada ao torno num grés porcelânico creme rosado. O corpo globular, estreitando na boca, torneado em duas partes, cuja junção e visível a meio, repousa sobre um pequeno pé ligeiramente inclinado para o exterior. O interior e a maior parte do exterior foram cobertos de engobe branco, cremoso, e posteriormente revestidos por um vidrado leitoso cor de marfim que, não descendo até ao pé, deixa ver parte do corpo. A decoração de motivos geométricos desenvolve-se em dois registos horizontais demarcados por seis círculos concêntricos. Esta foi obtida através de incisões sobre o engobe, deixando aparecer a matéria do corpo da peça, As linhas incisas são mais escuras que o engobe. Cizhou, importante centro de produção cerâmica, está situado no Cixian, sub-perfeitura de Ci, na província do Hebei. Este termo é usado para designar estes grés pesados produzidos em muitos fornos das províncias do Hebei, do Henan, do Shanxi e do Shaanxi durante as dinastias Song, Jin e Yuan e mesmo, em algumas areas, sob os Ming. São quatro os principais sítios identificados de entre os fornos Cizhou: Guantai, Dong'aikoucun, Yezicun e Pengcheng. Os três primeiros, situados no Cixian, apesar de se abastecerem nos mesmos jazigos de argila e combustível, apresentam uma produção diferente, o que prova que algumas oficinas se especializavam em determinados objectos e certas técnicas. Todas as decorações dos artigos Cizhou utilizam um engobe - branco, preto ou castanho - ao qual se juntam motivos incisos, cinzelados ou pintados com pincel sob o vidrado. Ainda que as peças decoradas tenham manifestamente contribuído para a popularidade dos artigos Cizhou, a maioria da produção era constituída por monocromos: brancos, pretos ou castanhos, sendo os brancos comuns aos três centros referidos. Guantai, por exemplo, conta entre a sua produção numerosos monocromos negros. Trata-se de exemplares decorados com motivos pintados realçados de incisões ou de objectos com esmaltes pintados sobre o vidrado. Estes pressupõem fornos adequados e pessoal qualificado para dirigir as cozeduras: primeiro o corpo com o vidrado e depois os esmaltes a baixa temperatura. Outras oficinas especializaram-se em determinados objectos, entre os quais almofadas, cuja decoraçao, muito rica e diversificada, exigia artesãos muito hábeis que os decoravam com engobe e motivos incisos sobre fundo ponteado: aves, flores, cenas com personagens inspiradas em episódios de romances e lendas populares, enrolamentos, temas que anunciam os «azul e branco» fabricados em Jingdezhen. Estes Cizhou, peças populares destinadas à vida quotidiana, não são as mais reputadas da época Song, mas a sua ornamentação constitui a chave da gramática decorativa ulterior e «as criações dos seus oleiros constituíram o reportório no qual se inspiraram mais tarde os fabricantes de porcelana de alta qualidade. Por comparação com a peça do Royal Ontario Museum (Reg. nº 922.20.194), publicada por Yutaka Mino na sua obra "Freedom of Clay and Brush through Seven Centuries in Northern China: Tzu-chou Type Wares, 960-1600 A.D.", esta taça, muito próxima daquele exemplar, parece ser um produto dos fornos Guantai.
Incorporação:
Legado - Por testamento de 31 de Julho de 1964
Origem / Historial:
A peça foi adquirida a João Cayres, em 22/08/1961, por 4000$00. Segundo indicações escritas pelo Dr. Anastácio Gonçalves, foi obtida por "quase troca directa". Em 1965, as Finanças atribuíram-lhe o valor de 8000$00. A peça foi incorporada em 18/8/67 por auto de entrega e cessão de bens ao Estado.
 
     
     
   
     
     
     
 
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