Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Instrumentos e utensílios
Denominação:
Machado de talão e dupla azelha
Grupo Cultural:
A Idade do Bronze do Norte e Centro
Datação:
Idade do Bronze Final
Técnica:
Fundição em molde bivalve
Dimensões (cm):
largura: 5,5; espessura: 3,5; comprimento: 24,7;
Descrição:
Machados de talão e dupla azelha, em bronze; caneladura sextavada a meio, sem cone de fundição; fragmentado no talão. O machado encontra-se num mau estado de conservação, no entanto parte do talão está danificada, provavelmente devido ao uso, sendo visíveis orifícios, alguns bastante profundos, na aresta de um dos bordos e numa das faces. O cone de fundição e parte talão estão embotados. A lâmina apresenta mossas em ambas as faces e o gume está facturado.
A peça apresenta uma pátina esverdeada em toda a superfície podendo isso sugerir que se tenham formado compostos de cobre, nomeadamente o acetato básico de cobre. Haverá ainda a possibilidade de se terem formado sulfatos ou sulfuretos de cobre, também estes de cor verde.
Existem algumas zonas onde os produtos de corrosão são verde-escuro, mais evidentes numa das faces do machado, o que pode sugerir a formação de carbonatos de cobre.
No talão observam-se manchas de cor acastanhada, possivelmente óxidos de cobre. De notar que os carbonatos de cobre se formam a partir dos óxidos castanhos de cobre logo, é possível que se a pátina for formada preferencialmente por carbonatos existam subcamadas de óxidos de cobre que, por desgaste desta, ficam visíveis na superfície.
A elevada massa do artefacto deve-se à presença de chumbo, característica existente nos machados encontrados no noroeste do país. Dada a incapacidade deste elemento formar soluções sólidas fica distribuído no artefacto sob a forma de inclusões esféricas de uma forma heterogénea.
As ligas de cobre constituintes dos machados desta tipologia podem apresentar teores relativamente elevados de estanho e chumbo. O potencial electroquímico destes elementos é elevado causando um grau de corrosão mais intenso e consequentemente um aumento do seu teor na superfície. Tal facto pode justificar as zonas esbranquiçadas na superfície do artefacto, nomeadamente no gume e numa das aselhas.
Incorporação:
Doação - Foram doadas pelo Sr. Miguel Dantas ou por Passos Brito de Valença.
Proveniência:
Paredes de Coura.