Origem / Historial:
Integrou o núcleo de estatuetas em marfim e madeira da coleção de D. Fernando II (Xavier, 2022: 74-76; 339-340). Em 1864 surge inventariada no Palácio da Pena, com o n.º 284: "1 Boneco de marfim, descalço, com espada desembainhada" (Arquivo da FCB, Inventario de objectos existentes no Real Palacio da Pena, 22 de abril de 1864, p. 9). Foi depois transferida para o Palácio das Necessidades, surgindo na "Salla do Fogão" junto a outras peças, no inventário orfanológico realizado após a morte do monarca, com o n.º 275: "Seis figuras e um grupo de marfim e madeira, marcados com os numeros oitocentos e cincoenta e oito a oitocentos e sessenta e quatro. Avaliados na quantia de trezentos e sessenta mil reis (ANTT, Inventário orfanológico de D. Fernando II - Bens mobiliários que existiam no real Paço das Necessidades ao tempo do casamento do mesmo augusto senhor em 10 de junho de 1869). Foi herdada por D. Carlos que a colocou no seu quarto de domir do mesmo palácio, como documentam algumas fotografias da época. Na sequência da implantação da República (1910), ficou arrecadada na casa-forte desse palácio e, em 1951, seria selecionada pelo ministro dos negócios estrangeiros para decorar salas daquele edificio. Cf. "Relação das peças existentes na Casa Forte que foram escolhidas por sua Excelência o Ministro dos Negócios Estrangeiros para decoração do Palácio das Necessidades. (...) Nº 1484 - Uma estatueta de marfim e madeira representando um salteador" [Arquivo PNP, Movimentação de Objectos].