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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional da Pena
N.º de Inventário:
PNA55465
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Mobiliário
Denominação:
Arca
Autor:
Sebastião Ferreira de Almeida
Centro de Fabrico:
Lisboa
Datação:
XVII d.C. - XIX d.C.
Matéria:
Madeira de nogueira, ferragens em metal dourado
Dimensões (cm):
altura: 110; largura: 135; comprimento: 119;
Descrição:
Arca de madeira de formato cúbico, decorada com frisos e painéis em relevo com episódios da vida de Cristo. O tampo é de secção quadrangular, emoldurado por um friso de óvulos, seguido de um friso de pérolas, outro de encordoados e novamente outro de pérolas. Assenta sobre uma base quadrangular, decorada por um friso de pequenas folhas. Os quatro painéis ocupam as quatro faces da arca e são rodeados por dois frisos de motivos vegetalistas e um outro de pontas de diamante. O primeiro painel, disposto na face principal da arca, retrata o “Lava-pés”; o segundo painel, à direita, retrata a cena de “Cristo perante o Sacerdote Anás”; o terceiro painel, na parte traseira da arca retrata a “Ultima Ceia”; e o quarto e último painel, à esquerda, retrata o episódio da “O julgamento de Jesus perante o governador Pilatos”. No primeiro painel, o frontal, do “Lava Pés”, que retrata o episodio da bíblia em que Jesus, depois da Última Ceia, lava os pés aos apóstolos. Na face principal destaca-se a fechadura decorada com uma ferragem de metal amarelo.
Incorporação:
Depósito do Palácio Nacional da Ajuda, 2004
Origem / Historial:
Encomenda de D. Fernando II a Sebastião Ferreira de Almeida tirando partido da reutilização de quatro relevos antigos em madeira entalhada. O Diário de Notícias acompanhou de perto a execução desta peça, informando em dezembro de 1865 ter estado o rei “na loja do habilidoso marceneiro da rua dos Poyaes de S. Bento examinando uns bellos baixos relevos de madeira que ali estão a concertar. Junto de Sua Majestade estavam o Sr. Rebello da Silva e outros cavalheiros que passavam quando Sua Majestade entrava no estabelecimento e que por Sua Majestade foram convidados a ver aqueles primores". Meses mais tarde, em março de 1866, o mesmo jornal escrevia estar aquele marceneiro “concluindo um magnifico cofre pertencente a el-rei o sr. D. Fernando. No centro do cofre há quatro pequenos quadros com figuras de madeira que representam a Ceia do Senhor, o Lava pés, a Prisão e a Leitura da Sentença. Como objecto de arte estes quadros teem subido valor. O sr. Sebastião é um artista de muito merecimento a quem o rei artista dedica muita estima”. Os registos de despesas de D. Fernando II assinalam, efetivamente, o pagamento naquele mês de 900$000 réis, importância de “um cofre de madeira de nogueira, com baixos relevos tambem de nogueira” (Xavier, 2022: 253-254). Era utilizado como base de expositor, assentando na parte superior (tampo) uma estrutura em madeira e vidro para a colocação de objectos. Figurou na Sala F (D. Fernando II) da Exposição de Arte Ornamental com o n.º 166: "Centro quadrangular de nogueira. Nas quatro faces representa em alto-relevo o Lava-pés, a Ceia, Jesus em casa de Caiphás. Seculo XVII. Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Fernando II". O inventário orfanológico realizado após a morte do monarca, localiza-o na "Biblioteca" do Palácio das Necessidades, com o n.º 321: "Um grande cofre de madeira de carvalho tendo esculpturada em cada frente uma passagem da bíblia em alto relevo, marcado com o número novecentos e trinta e nove. Avaliado na quantia de seiscentos mil reis" (ANTT). Identifica-se igualmente em fotografias daquele compartimento (cf. doc. associada). No reinado de D. Carlos, transitou para a "Sala do Renascimento" do mesmo Palácio onde também se identifica em fotografias da época (cf. doc. associada). Após a implantação da República, foi transferido para o Palácio da Ajuda, tendo dado entrada na Pena em 2004 em regime de depósito.
 
     
     
   
     
     
     
 
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